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Dados abertos é um estímulo ao empreendedorismo nas cidades inteligentes

O conceito de dados aberto parte da ideia que certos dados devem estar disponíveis para que qualquer pessoa possa publicar, redistribuir, reutilizar, processar e incluir em análises sem restrições de direitos autorais, patentes e quaisquer outros mecanismos de controle. O movimento de “dados abertos” ganhou popularidade com a Internet. As principais fontes de dados abertos são: ciência, governo e empresas privadas. Várias tecnologias e práticas de transparência permitem proliferar o conceito de transparência dos dados, como: crowdsourcing, mashups e hacks. O Brasil criou a Lei Federal nº 12.527/2011 que regulamenta o direito constitucional do acesso à informação pública, permitindo que qualquer pessoa, física ou jurídica, sem necessidade de apresentar o motivo, possa requerer o recebimento de informações de entidades e órgãos públicos. Combinando, dados abertos, tecnologias e práticas de transparência é possível criar novos modelos de negócios, estimulando o empreendedorismo e o crescimento econômico nas cidades inteligentes.

A liberação de dados, em seu formato bruto, é importante para permitir a produção de análises complexas de dados com o cruzamento de dados de várias fontes de dados. O formato dos dados aberto deve ser em texto plano, com marcadores de separação de campo, planilhas ou outros formatos de arquivos amplamente documentados e que não exijam qualquer licença ou software específico para leitura e acesso.

O conceito de acesso aberto a dados científicos foi estabelecido com a formação do sistema Centro Mundial de Dados, em 1957. Esse movimento antecedeu em muito a Internet. O que mudou agora é que a disseminação dos dados se tornou muito menos dispendioso e demorado. Em 2004, os Ministros da Ciência de todas as nações da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) assinaram uma declaração que afirma que todos os dados de arquivos com financiamento público deve ser disponibilizado ao público.

Os dados abertos do governo são excelentes recursos para gerar riqueza para empreendedores, estimula a inovação, promove a participação popular, cria mais serviços para os cidadãos, tirando a pressão sobre os órgãos públicos, maior crescimento econômico e melhor controle da democracia.

A exemplo do Centro Mundial de Dados (World Data System, www.icsu-wds.org), as cidades inteligentes centralizam os dados públicos da administração pública, incluindo as concessões públicas e serviços terceirizados (transporte público, iluminação pública, coleta de lixo, etc.), trazendo grandes benefícios para à sociedade civil, à academia e aos desenvolvedores de software para oferecer serviços, pagos ou não, para o público.

Os modelos de negócios de empreendedores para uso de dados abertos podem utilizar conceitos de Crowdsourcing, Mashups e Hacks.

  • O crowdsourcing permite criar grandes quantidades de dados com pequenas colaborações individuais, como o Wikipedia, gerando novas ideias e o desenvolvimento de novos projetos.
  • O mashups é a prática de publicar informações com a intenção de que elas possam ser aproveitadas por desenvolvedores de software para cruzar informações, desenvolver aplicativos e visualizações de dados diferenciados, agregando mais valor aos dados.
  • Chamamos de hacks as ações de pessoas que garimpam dados públicos com o objetivo de usar as informações obtidas para gerar algum valor.

O uso da tecnologia de Big Data é ideal para armazenar dados abertos usando ambientes computacionais em nuvem. É importante que os sistemas de aplicação desenvolvidos para automatizar processos dos órgãos públicos sejam projetados ou adaptados para fornecer dados abertos.

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